Silvino Jacques, o Mito
O afilhado de Getulio Vargas que marcou uma Epoca
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DEPOIMENTOS E CITAÇÕES
1) Depoimento de Homero Antunes da Silva, Bonito, 31.6.1977: “Vi muitas vezes em comércios de carreira, ele improvisando, cantando com uma sanfonia e bebendo vinho. Muito bom atirador. Abria garrafa de bebidas, seus companheiros segurando a garrafa na cabeça e ele atirando com o Revolver tirando a tampa sem quebrar a garrafa.”
2) Silvino Jacques, ficou conhecido pela sua grande coragem, a ponto de ridicularizar seus desafetos quando perseguido pela captura de Teófilo de Azambuja. Depoimento de Cireno de Góes Falcão (Codô), Jardim, 6.6.1977: “Selvino Jacques com uma música de sua autoria se divertia tocando com seu acordeom de doze baixo ‘Pé de bode’ um samba o qual se divertia dando risadas e tiros:
"Aonde vai senhor Tiófilo
Com tanta pressa assim
Vou correndo do Selvino
Que anda atraz de mim”
3) Comentário de Valmir Batista Corrêa, na matéria: “Lampião de Mato Grosso”, na Revista da Academia Sul-Mato-Grossense de Letra: ...A atuação de Silvino Jacques só adquiriu grande repercussão por volta dos anos de 1935/1936(2a). Por esta época matou um membro da família de Alípio dos Santos(2b), seus antigos amigos e companheiros, iniciando uma rivalidade que só teve fim com a própria morte de Silvino. Conforme alguns depoimentos, Silvino Jacques teve o apoio de alguns elementos da família Santos para participar de um movimento armado, em 1935, com o objetivo de lutar pela divisão do estado mato-grossense:
(2a/acréscimo)Antes deste período já era conhecido por vários eventos
que marcaram sua vida, desde a fuga do Rio Grande do Sul até sua participação
na Revolução de 1932, quando defendeu seu padrinho, o Exmo. Dr. Getúlio Vargas.
(2b)O episódio teve origem numa desavença entre Silvino e um genro de
Alípio dos Santos, durante uma carreira (corrida rústica de cavalos),
sendo mortos também um primo de Silvino e um seu camarada.
4) Depoimento de Cireno(Codô) em junho de 2005: “Um certo dia, na prisão, queriam obrigar-me a informar aonde se encontrava o bando(3). Como eu disse que de nada eu sabia, tentaram de bater-me com varas verdes. Tentei o suicídio, dando uma facada na minha barriga, onde até hoje se encontra a cicatriz”.
Silvino Jacques, no meio.
(3) O bando de Silvino Jacques variou muito quanto ao número de componentes, apesar de terem existido alguns membros permanentes, fiéis companheiros como Cireno de Góes Falcão, conhecido como Codô; Domingos da Costa Leite Falcão, de apenas quatorze anos; Adão Jacques, Nicacio e seu irmão Amâncio; Ramão; Nicodemus dos Santos; Antonio Paim; Tertuliano Gomes, conhecido como Gaúcho; Espiridião Ramos; Henrique; Augustinho; Bruno; Farofa; Trovão; Manuel, conhecido como Maneco; o capitão paraguaio Vitor Heyn; Realindo Gomes, conhecido como Preto; Wando; Feliciano e Valdemar de Melo. Foram poucas as mulheres que acompanharam o bando, mas sabe-se que a companheira de Silvino que mais tempo permaneceu junto dos bandoleiros foi Almerinda de Góes Falcão, apelidada de Raida que participou, inclusive, do último combate do bando na fazenda Aurora. Outra mulher, Elódia Charão de Siqueira, que fugiu com Silvino, viveu alguns meses junto do bando. Ambas as mulheres, no entanto, vestiam-se como os demais elementos do bando e portavam armas. Segundo relatos de remanescentes do bando, a idade variava entre 14 e 35 anos. (Depoimento de Cireno, segundo Codô em junho de 2005)
5) Comentários de Gerson Jacques, neto – Estados Unidos (25 de junho de 2008): “Na minha infância conheci muitas pessoas que conheceram meu avô, inclusive o Codô, que pertencia ao bando dele. Meu pai cresceu com este rótulo: Ö filho de Selvino Jacques”, o que lhe custou muitas brigas e prisões no exército. Vi muitas vezes pessoas chorarem ao conhecerem meu pai, darem um abraço nele e contarem como conheceram meu avô. Uma destas experiencias que eu não esqueço, foi um fazendeiro da região de Jardim, Mato Grosso do Sul, terra de meus parentes, que fez seu relato emocionado: “Estávamos eu e alguns amigos em minha fazenda brincando de tiro ao alvo. Atirávamos em garrafas a uma distância de uns 30 metros, quando chegou um homem montado em seu cavalo, bombacha, simpático. Convidei-o a apear, tomar um tererê com a gente e participar do tiro ao alvo. Neste momento, Selvino, com todo o jeito simpático que era característico dele, pois ele tratava as pessoas sempre como velhos amigos, sorriu e disse-me: “Eu até gostaria, mas está muito fácil desta distância, além disso, eu não atiro em garrafas, mas em gargalo de garrfa, caixinha de fósforo...”. Virando para os meus amigos, eu disse: "Ei gente, chegou um papudo aqui". Fechando a face sério, Selvino disse-me: “Papudo? Isso não posso admitir. Está vendo aquela Laranjeira lá na frente? Está vendo a laranja que está bem na ponta do lado esquerdo? Fique com a mão estendida embaixo dela que ela vai cair na sua mão”. Sorrindo, com ar de descrenca, eu disse aos meus amigos: “Vou me fazer por bobo e vou”. Caminhei até a árvore, que estava a uma distância de uns 50 metros e estendi a mão. Ele sacando a arma sem mirar acertou o talo da laranja que caiu em minha mão. Virando pra ele, mostrei a Laranja e gritei: “Foi sorte!”. Ele então disse: “Então pega essas”, e sacando novamente de sua arma atirou algumas vezes fazendo laranjas caírem em cima de mim. Nunca conheci alguém que atirasse como ele. A partir dali ficamos grandes amigos.
6) Comentários de Gerson Jacques, neto – Estados Unidos (26 de junho de 2008): ""Minha bisavo, mae de Elodia(mulher de Selvino) contou-me que a policia chegava no sitio que eles viviam atras de meu avô e agiam com modos grosseiros, derrubavam a farinha dela, baguncavam tudo e questionavam sobre o paradeiro dele, ao que ela dizia: 'nao sei nada sobre ele, minha filha esta com ele, mas depois que foram daqui eu nao soube mais nada sobre Silvino e ela'. Entao ela dando risada, contou-me que Silvino, numa certa ocasião, havia estado ali a poucos minutos. Os policiais, saindo, beberam o leite dela nos canecos que Silvino e os seus homens tinham acabado de beber. Mas um desafio naquela dia, foi uma arma que Silvino havia deixado na casa e que ela colocou no meio do cesto de roupas sujas quando os policiais chegaram. Novamente dando risada ela contava: "Eles reviraram tudo que havia na casa, menos aquele cesto de roupas. Que perigo foi pra nos aquela epoca".
7) Meu avô, entre outras coisas era tido como um homem apaixonado, romântico. Era um exímio trovador (veja "As Décimas Gaúchas de Silvino Jacques neste site". Quando estava preso em certa ocasião escreveu o poema abaixo para Raída, a mulher que o acompanhou e que estava com ele quando recebeu o "tiro mortal". Segue:
Minha querida Almerinda,
Que triste foi o nosso amor,
Tão longe sem ver-te, querida flor;
No peito sinto saudades,
No coração sinto a dor.
Que hora infeliz que de ti me apartei,
Gozando dos teus carinhos
Ausente nunca pensei,
Eu sou um ente sem vida,
Tu és uma flor que matei.
Mas peço que te conformes
Que eu também estou sozinho,
Como um pássaro engaiolado,
Sem conforto e sem ninho;
Mas tenho grande esperança
De um dia dar-te carinho.
Sinto saudade de ti, querida,
Saudade do beijo teu,
Saudade dos teus braços,
Saudade que não morreu.
Fonte: site Pantanal, Suas Águas, Sua Gente - www.riosvivos.org.br/pantanal / Fotos: livro Serra da Bodoquena, História, Cultura, Natureza.
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Fonte:
http://www.silvinojacques.com/relatos.htm
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Por Gerson Jacques, neto �2008